Neste domingo (27), Sebastião Melo foi reeleito prefeito de Porto Alegre, obtendo 61% dos votos em uma disputa acirrada contra Maria do Rosário. A candidata, que buscou distanciar sua imagem do PT e do governo anterior, teve uma campanha marcada por tentativas de se conectar com o centro político, embora sua ligação com Luiz Inácio Lula da Silva tenha sido limitada a intervenções esporádicas. A estratégia de Melo, por outro lado, envolveu um afastamento consciente do apoio visível a Jair Bolsonaro, priorizando uma coligação ampla que incluiu oito partidos.
As enchentes que afetaram Porto Alegre em abril foram um dos principais temas da campanha, com Maria do Rosário tentando atribuir responsabilidades à gestão municipal. Melo, no entanto, argumentou que as cheias foram causadas por eventos meteorológicos atípicos e defendeu a necessidade de novas obras de drenagem para mitigar futuros desastres. O debate sobre a gestão da cidade foi, portanto, um fator central durante o pleito.
A vitória de Melo, semelhante à sua eleição em 2020, demonstra uma continuidade de sua abordagem política e gestão. A escolha de se distanciar de figuras polêmicas do espectro político e a ênfase em questões administrativas foram decisivas para sua reeleição, em um cenário onde a oposição buscava capitalizar sobre as dificuldades enfrentadas pela população.