O setor de saúde no Brasil, que representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB), enfrenta o desafio de reverter um déficit de US$ 10 bilhões na balança comercial de fármacos e biofármacos. José Luis Gordon, do BNDES, destacou que é essencial promover uma indústria farmacêutica inovadora, focando tanto em medicamentos genéricos quanto em tecnologias disruptivas. Nos últimos dois anos, o BNDES observou um aumento significativo no interesse por investimentos no setor, totalizando R$ 6 bilhões, o que representa o maior financiamento da história do banco para essa área.
As iniciativas do BNDES visam fortalecer uma indústria de saúde mais digital, inovadora e sustentável, aproveitando a diversidade do Brasil para desenvolver novos produtos. Entre as estratégias citadas, destaca-se o programa Fornecedores SUS, que oferece crédito para a produção nacional de dispositivos de saúde, visando agilidade e desburocratização. Além disso, está previsto para 2025 o lançamento de um fundo voltado para deep techs, que são startups focadas em pesquisa científica, refletindo a maturidade desse segmento.
O BNDES também atuará como agente financeiro do Fundo de Investimento, que buscará financiar equipamentos e serviços nas áreas de saúde, educação básica e segurança pública. Gordon enfatizou que a saúde é fundamental para a economia do futuro, reiterando o compromisso do BNDES em fortalecer e tornar o setor mais competitivo, alinhando-se às necessidades atuais e futuras do país.