Especialistas afirmam que o sangue doado no Brasil é bastante seguro, embora três casos de suspeita de contaminação por dengue em transfusões estejam sendo investigados no estado de São Paulo. Uma unidade hospitalar confirmou um caso de dengue transfusional, onde um paciente que se submeteu a um procedimento cardíaco necessitou de transfusão, mas não apresentou complicações graves. As autoridades de saúde destacam que os sintomas da dengue podem não aparecer imediatamente, o que representa um desafio para a triagem de doadores.
O Ministério da Saúde está avaliando a implementação de um novo método de detecção de flavivírus, incluindo o vírus da dengue, em amostras de sangue. A proposta, apresentada por instituições como a Fiocruz e a Sociedade Brasileira de Imunizações, sugere a utilização de uma tecnologia similar ao PCR em tempo real, visando aumentar a segurança nas transfusões. A análise da proposta será conduzida pela CONITEC, levando em conta evidências científicas e a viabilidade técnica.
As orientações atuais recomendam que os profissionais de saúde permaneçam alertas a sintomas em pacientes até 15 dias após transfusões. Além disso, pessoas que se recuperaram de dengue são consideradas inapta para doação por um período de 30 dias. A situação reflete uma preocupação crescente sobre a segurança nas transfusões, especialmente durante períodos de epidemia, e evidencia a necessidade de protocolos mais rigorosos para a triagem de doadores.