Após um intenso temporal na sexta-feira (11), a cidade de São Paulo enfrenta uma grave crise de mobilidade e fornecimento de energia. Dos 168 semáforos que ficaram inoperantes, apenas 33 foram restabelecidos até a manhã de segunda-feira (14). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 116 desses semáforos ainda não funcionam devido à falta de energia elétrica em várias regiões. Além disso, 354 mil endereços na capital permanecem sem luz desde o evento climático, que gerou 386 ocorrências de queda de árvores e galhos.
O prefeito local atribuiu a responsabilidade pela situação à concessionária de energia, que enfrenta dificuldades para normalizar o serviço. Ele destacou que a falta de energia decorre de problemas em estações que não estão localizadas na cidade, mas que afetam o fornecimento. Em resposta, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a intenção de intimar a Enel para que apresente justificativas sobre a situação. O descontentamento da população cresce, com críticas à lentidão na recuperação do serviço e à falta de comunicação da empresa com os consumidores.
A Enel, por sua vez, admitiu os problemas enfrentados e está mobilizando equipes de outros estados para acelerar a recuperação do fornecimento. O presidente da empresa mencionou que a ventania foi a mais intensa desde 1995, afetando mais de 2,1 milhões de clientes. Embora tenham sido disponibilizados geradores para serviços essenciais, a empresa não pôde fornecer um prazo específico para a normalização total do serviço, agravando a situação para muitos paulistanos.