A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado brasileiro realizou, nesta terça-feira (8), a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Banco Central. A sessão começou às 10 horas e, caso a indicação seja aprovada, seguirá para análise do Plenário, onde precisará do apoio de pelo menos 41 senadores. A votação é secreta e, se Galípolo for aprovado, assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro deste ano.
Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, já havia participado de uma sabatina anteriormente e buscou apoio entre os senadores ao longo de setembro, realizando visitas a seus gabinetes. Durante a sabatina, ele fez uma apresentação sobre sua trajetória profissional e foi questionado sobre seus objetivos à frente da autoridade monetária. O senador Jaques Wagner, relator da indicação, elogiou a qualificação e a experiência do indicado em sua análise.
A sabatina ocorre em um contexto de críticas do presidente Lula à gestão de Campos Neto e à taxa Selic, além de preocupações relacionadas ao uso do Bolsa Família em apostas online. O atual presidente do Banco Central, Campos Neto, expressou seu apoio à indicação de Galípolo, destacando a importância de uma transição suave na autarquia, considerada uma novidade desde a autonomia operacional da instituição. A expectativa é que a sabatina transcorra de maneira positiva, alinhando as expectativas do governo e do Legislativo.