A Rússia afirmou que ainda mantém uma linha direta de emergência com os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para mitigar tensões em um contexto de aumento dos riscos nucleares. À medida que a guerra na Ucrânia se aproxima de sua fase mais crítica, com forças russas avançando, autoridades russas alertam sobre as implicações de um possível ataque ucraniano profundo no território russo com o apoio ocidental. O presidente Vladimir Putin expressou que tal autorização representaria uma escalada no envolvimento direto dos países da Otan e dos EUA no conflito.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, indicou que a Rússia está revisando sua doutrina nuclear, sinalizando uma disposição para garantir a segurança do país utilizando todos os recursos disponíveis. A nova postura nuclear da Rússia envolve uma diminuição do limite para o uso de armas nucleares em resposta a um ataque convencional, refletindo uma estratégia mais agressiva em um cenário de crescente hostilidade. Enquanto isso, os EUA consideram a China sua principal concorrente e a Rússia a maior ameaça.
Desde a Crise dos Mísseis de Cuba, as linhas diretas entre os EUA e a Rússia têm sido fundamentais para evitar mal-entendidos em momentos de crise. Essas comunicações seguras foram utilizadas em diversas ocasiões críticas, incluindo a Guerra do Afeganistão e os ataques de 11 de setembro. Além da linha direta principal, existem também canais específicos para a comunicação entre os militares dos dois países, visando evitar uma escalada que poderia resultar em um conflito nuclear.