Pesquisadores da Universidade de Yale desenvolveram um robô de silicone do tamanho de uma palma que simula o movimento de uma lagartixa. Esse robô possui a capacidade de amputar seus membros, semelhante à maneira como um lagarto gecko libera sua cauda quando ameaçado. A inovação principal reside nas articulações do robô, que são compostas por um material borrachento que, quando aquecido, se torna líquido, permitindo que as peças se separem e se unam novamente. Além disso, três robôs podem se unir para superar barreiras que seriam intransponíveis para um único dispositivo.
A crescente pesquisa em robôs moles destaca seu potencial em realizar tarefas delicadas e navegar por ambientes desafiadores, além de sua flexibilidade em comparação com robôs rígidos. Embora atualmente esses autômatos moles sejam usados principalmente em atividades específicas, como a colheita de morangos, a pesquisa está em andamento para expandir suas aplicações em várias áreas. Especialistas acreditam que a capacidade de reconfiguração e autoamputação do robô da Yale representa um avanço significativo que pode ser aplicado em missões de busca e resgate e em exploração planetária.
Os pesquisadores de Yale planejam incorporar suas inovações em outros robôs moles, permitindo que esses dispositivos se adaptem conforme necessário, como integrar microprocessadores adicionais durante suas operações. Um próximo projeto envolve o desenvolvimento de uma tartaruga robótica que transita suavemente entre ambientes aquáticos e terrestres, demonstrando o potencial de evolução na robótica mole. Essa abordagem inspirada na natureza não só amplia as capacidades dos robôs, mas também sugere um futuro em que a robótica mista e modular pode transformar diversas indústrias.