A criação de gatos conhecidos como “bully cats”, que surgiram nos Estados Unidos, levanta preocupações sobre saúde e bem-estar animal. Resultantes da mistura das raças Sphynx e Munchkin, esses gatos apresentam características como a ausência de pelos e pernas curtas, que podem levar a limitações de movimento e maior vulnerabilidade a doenças. Especialistas em bem-estar animal alertam que essas mutações não apenas afetam a capacidade dos gatos de regular a temperatura corporal, tornando-os suscetíveis a infecções respiratórias e queimaduras solares, mas também comprometem sua comunicação, uma vez que não possuem bigodes.
Embora haja alegações de que criadores estejam realizando exames para detectar condições de saúde, como doenças cardíacas, ainda é incerto se essas práticas são suficientes para garantir o bem-estar a longo prazo dos bully cats. Um estudo recente indica que gatos da raça Sphynx têm uma expectativa de vida média de apenas 6,7 anos, o que levanta preocupações sobre o futuro dos gatos valentões, que podem enfrentar desafios ainda maiores devido a suas características físicas. A estética, em vez da saúde, parece ser o principal critério na criação desses felinos, refletindo uma tendência preocupante na reprodução seletiva de animais.
Os especialistas ressaltam que a seleção natural não é mais um fator na criação de gatos, pois os humanos escolhem quais animais se reproduzem. Para garantir um futuro mais saudável e sustentável para os gatos, é fundamental que potenciais donos estejam cientes dos riscos associados a raças mutantes e experimentais. A promoção de práticas de criação ética pode contribuir para que os gatos possam desfrutar de comportamentos naturais, como escalar e relaxar ao sol, garantindo que sua saúde e bem-estar sejam priorizados.