A pesquisa Datafolha divulgada no dia 17 de outubro mostra que Ricardo Nunes (MDB) teve uma queda de 4 pontos percentuais nas intenções de voto, indo de 55% para 51%, após um apagão que afetou milhões de paulistanos. Por outro lado, Guilherme Boulos (PSOL) se manteve estável em 33%, um percentual que reflete a identificação do eleitorado de esquerda na capital, que é de 31%. Essa estagnação indica a dificuldade de Boulos em conquistar novos eleitores, visto que muitos dos que antes apoiavam Nunes migraram para votos em branco ou nulo, que aumentaram de 4% para 8%.
Além disso, a pesquisa aponta que Boulos pode ter atraído uma parte dos votos de Pablo Marçal (PRTB), que obteve 28,7% dos votos válidos no primeiro turno, mas que, mesmo assim, enfrenta limites para expandir sua base de apoio. A margem de erro de 6 pontos percentuais nesse segmento ressalta a incerteza da dinâmica eleitoral, enquanto Nunes continua a capturar votos que eram de lideranças populares, como Lula e Marta Suplicy, na periferia da cidade.
Para reverter o quadro desfavorável, Boulos precisaria conquistar o eleitorado de centro nos dias que antecedem o segundo turno, um movimento similar ao que foi realizado por Lula em 2022. Contudo, o candidato do PSOL apresenta dificuldades em transitar para essa faixa do eleitorado, apresentando um desempenho similar ao de 2020, quando perdeu a disputa. A pesquisa, realizada com 1.204 entrevistados, possui margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.