A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou que a revisão de gastos será essencial para garantir o espaço fiscal necessário ao governo, permitindo o cumprimento das metas de resultado primário para 2024 e 2025, que visam um déficit zero, e a meta de 2026, estabelecida em superávit de 0,25% do PIB. Em declarações à imprensa após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra destacou que a abordagem do ministério abrange a qualidade do gasto público, ressaltando a importância de rever políticas públicas que já não são eficientes.
Questionada sobre a possibilidade de incluir a limitação de supersalários na agenda de revisão, Tebet não forneceu uma resposta definitiva, afirmando que salários acima do teto constitucional são ilegais. Ela mencionou que essa questão precisa ser discutida com o presidente e o Congresso Nacional, enfatizando que a definição do que será abordado na revisão de gastos não será revelada de imediato.
A ministra reforçou que o foco da revisão não é apenas na fiscalização, mas também na melhoria da eficiência do gasto público. Ao afirmar que salários acima do limite são inconstitucionais e imorais, ela indicou que as discussões sobre o assunto ainda estão em andamento e que a inclusão ou não dessa medida na agenda de revisão depende de diálogos futuros com os líderes políticos do país.