Os líderes do Brics se reúnem esta semana em Kazan, na Rússia, para discutir a criação de uma nova categoria de parceiros dentro do bloco. Com a presidência brasileira iniciando em janeiro, o Brasil foca na definição dos critérios necessários para a adesão de novos países, priorizando este aspecto em relação à escolha dos mesmos. A reunião contará com a participação virtual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de um acidente doméstico, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira.
Cerca de 30 países manifestaram interesse em se tornar parceiros do Brics, incluindo Venezuela, Cuba, Nicarágua, Nigéria, Argélia, Turquia e Marrocos. No entanto, a inclusão desses países depende da aprovação dos critérios que estão sendo debatidos. O Brasil adotou uma posição cautelosa, enfatizando a importância de discutir esses critérios antes de sugerir a adesão de qualquer nação, garantindo que se alinhem aos princípios do bloco, como a manutenção de relações diplomáticas respeitosas entre os membros.
A cúpula de Kazan também abordará temas como a crise no Oriente Médio, a cooperação política e financeira entre os membros do Brics, e a avaliação das atividades do Novo Banco de Desenvolvimento. Apesar de a guerra entre Rússia e Ucrânia não estar formalmente na pauta, os líderes podem discutir a questão durante as sessões plenárias, dada a relevância do assunto nas relações internacionais atuais.