Dirigentes de instituições financeiras se reuniram com o presidente da República para discutir alternativas ao aumento das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio (JCP). Os representantes do setor bancário expressaram preocupações de que a elevação dessas alíquotas poderia impactar negativamente o custo do crédito no país. Durante o encontro, foi sugerido que o governo priorizasse discussões sobre um novo programa de transação tributária, visando resolver disputas fiscais com empresas e permitindo a renegociação de dívidas tributárias.
O projeto que propõe o aumento das alíquotas foi enviado ao Congresso, com a expectativa de arrecadar cerca de R$ 32,56 bilhões entre 2025 e 2027, sendo R$ 21,03 bilhões previstos para o próximo ano. A proposta sugere um aumento da alíquota da CSLL para bancos de 20% para 22%, enquanto outras empresas veriam um aumento de 9% para 10%. Além das questões tributárias, os banqueiros também discutiram a necessidade de reformular os procedimentos relacionados ao afastamento de funcionários pelo INSS e a centralização das taxas de juros para crédito consignado.
Os participantes da reunião, facilitada pelo ministro da Fazenda, também abordaram a situação econômica atual e a busca por um equilíbrio fiscal sustentável. No entanto, não houve debates sobre a taxação de grandes fortunas ou créditos tributários dos bancos, ressaltando o foco nas preocupações imediatas do setor financeiro. A conversa reflete a preocupação em encontrar soluções que mantenham a saúde do sistema financeiro e promovam um ambiente econômico estável.