O Bradesco (BBDC4) apresentou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024, conforme análise da XP, com lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, levemente abaixo das expectativas, mas alinhado ao consenso do mercado. Embora tenha havido um aumento de 10,8% em relação ao trimestre anterior, a recuperação da lucratividade, evidenciada por um ROE de 12,4%, não ocorreu de maneira linear, refletindo um crescimento de 3,5% na carteira de crédito e uma recuperação modesta na margem financeira. A queda significativa no custo do risco, com a inadimplência reduzida para 4,2%, destaca uma melhora nos indicadores de qualidade de crédito.
A visão da Genial Investimentos sobre os resultados foi positiva, ressaltando as transformações em curso para aumentar a rentabilidade do banco. Apesar de um desempenho modesto no NII e aumento nas despesas administrativas, que subiram 4% no trimestre, o lucro antes do imposto superou as expectativas. A gestão tem se concentrado na redução do número de agências e na manutenção de um portfólio de crédito mais seguro, com controladas despesas com provisões para crédito.
Por outro lado, o JPMorgan destacou a pressão sobre as ações devido ao mix de produtos mais seguro e ao desempenho abaixo do esperado do NII. Apesar de um lucro antes do imposto que superou estimativas, a reação do mercado foi negativa, resultando em uma queda acentuada das ações na abertura do pregão. Os analistas continuam divididos entre visões otimistas e pessimistas, observando que, enquanto o ROE se expande, os desafios permanecem em um ambiente macroeconômico que pode afetar a recuperação do crédito.