A morte de um empresário durante um exame de ressonância magnética em Santos gerou preocupações sobre a segurança desse procedimento. A esposa do falecido relatou que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o exame, enquanto especialistas afirmam que a ressonância em si não é uma causa direta de problemas cardíacos. A cardiologista Marcela Devido, do Instituto do Coração, enfatizou que sedação inadequada poderia ter contribuído para o incidente, destacando a importância de uma supervisão médica adequada durante esses procedimentos.
O laudo do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim indicou que o paciente recebeu 15 mg de midazolam antes da ressonância, uma dose que pode causar depressão respiratória, especialmente se não houver monitoramento constante. A especialista alerta que, em situações de sedação, a presença de um médico na sala é essencial para garantir a segurança do paciente, já que complicações podem surgir rapidamente. A falta de um acompanhamento próximo pode ser considerada negligência, caso não se tenham tomado as devidas precauções.
Além disso, o exame de ressonância magnética é descrito como um procedimento que exige precisão e pode ser demorado, sendo que pacientes claustrofóbicos ou com problemas cardíacos necessitam de sedação especial. A cardiologista ressalta que, mesmo que a intubação não seja sempre necessária, ter um médico presente é crucial para intervir em casos de emergência. Este evento ressalta a importância de garantir protocolos de segurança rigorosos em clínicas que realizam exames complexos.