Um documento da subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) trouxe à tona indícios de conexões entre uma facção criminosa e outra, evidenciando a atuação de um líder dentro do sistema penitenciário. De acordo com o relatório, enquanto estava preso em uma unidade específica, um indivíduo teria autorizado a entrada de novos membros em uma facção rival, conhecida pela sua forte presença no sistema prisional brasileiro. O documento indica que essa situação pode indicar uma expansão das atividades criminosas e a formação de alianças entre grupos que operam dentro das prisões.
A investigação revela que, em 2019, outra facção também estaria envolvida em operações de tráfico de drogas, incluindo uma variante sintética de maconha, o que acirra a competição entre esses grupos. A Secretaria identificou apreensões de substâncias ilícitas em várias unidades prisionais, o que sugere que a presença de líderes de facções no sistema pode ter contribuído para a disseminação do comércio de drogas entre os detentos. Essas descobertas levantam preocupações sobre a segurança e a administração do sistema penitenciário.
Além disso, a Seap está em processo de implementação de medidas para melhorar a segurança nas prisões, incluindo a previsão de licitação para a instalação de bloqueadores de sinal. Esse passo é considerado crucial para minimizar a comunicação entre os líderes do crime organizado que, mesmo atrás das grades, continuam a coordenar atividades ilícitas, mostrando a complexidade e os desafios enfrentados pelas autoridades na contenção do crime organizado no Brasil.