Um novo relatório do Banco Mundial, divulgado neste domingo (13), aponta que os 26 países mais pobres do mundo, que abrigam 40% da população mais afetada pela pobreza, enfrentam sua maior dívida desde 2006. Em média, essas economias estão mais endividadas do que antes da pandemia de Covid-19, enquanto o restante do mundo experimenta uma recuperação econômica significativa. O documento destaca a necessidade urgente de apoio financeiro, ressaltando os esforços do Banco Mundial para arrecadar US$ 100 bilhões destinados a reabastecer a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), a principal fonte de financiamento para esses países.
O relatório revela que essas economias, com rendas anuais per capita inferiores a US$ 1.145, tornaram-se cada vez mais dependentes de subsídios e empréstimos da IDA devido ao esgotamento de opções de financiamento de mercado. A relação média entre dívida e PIB atinge 72%, a mais alta em 18 anos, e metade desses países enfrenta dificuldades financeiras ou está em risco elevado de dívida. Além disso, dois terços desses 26 países estão envolvidos em conflitos armados ou enfrentam desafios de governança, dificultando o investimento estrangeiro e a exploração de commodities.
Os desastres naturais também têm um impacto significativo, com perdas anuais médias de 2% do PIB entre 2011 e 2023, o que é cinco vezes superior à média de países de renda média-baixa. O Banco Mundial recomenda que essas economias melhorem a arrecadação de impostos e a eficiência do gasto público, além de simplificarem o registro de contribuintes. O relatório serve como um alerta sobre a fragilidade dessas nações e a necessidade de um apoio contínuo para garantir sua estabilidade econômica e social.