A história do filme “Eu, tu, eles”, estrelado por Regina Casé, é baseada na vida de Marlene Sabóia, uma agricultora que viveu em Morada Nova, no Ceará, nos anos 90. Ela compartilhava sua vida e sua casa com três homens, um caso que chamou a atenção do público e inspirou a obra audiovisual. Recentemente, o tema de relacionamentos poligâmicos ganhou nova relevância com a história de Lary Ingrid, que mantém uma relação estável com dois parceiros, reascendendo debates sobre a poligamia no Brasil.
Marlene Sabóia, que tinha 54 anos quando o filme estreou, recebeu um pagamento simbólico como cachê e 3% da bilheteira. O enredo do filme apresenta Marlene grávida e solteira, que retorna à sua terra natal após um período fora, enfrentando as dificuldades da vida no sertão cearense. À medida que a história se desenrola, Marlene se envolve com Osias, um homem mais velho, e a dinâmica entre os quatro personagens se torna cada vez mais complexa, refletindo a realidade dos relacionamentos multifacetados.
O recente caso de Lary Ingrid e seus parceiros também ilustra a evolução das relações afetivas no Ceará, destacando que a poligamia, embora ainda cercada de tabus, não é uma prática nova na região. A repercussão nas redes sociais e a relembrança da história de Marlene mostram um crescente interesse por narrativas que desafiam normas sociais e questionam a estrutura tradicional dos relacionamentos, indicando uma mudança nas percepções culturais sobre o amor e a convivência.