O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação com o mercado de apostas esportivas digitais, afirmando que pode encerrá-lo caso a regulação proposta não assegure a saúde mental e financeira da população. Durante uma entrevista à Rádio Metrópole, Lula revelou que, após uma reunião com 14 ministérios, foi decidida a opção pela regulação em vez de uma proibição total. Desde a implementação de ações para retirar do ar plataformas não autorizadas, mais de 2 mil sites ilegais foram bloqueados, e atualmente 98 empresas com 215 apostas estão aptas a operar no Brasil até dezembro.
O governo já estabeleceu condições rigorosas para a operação das apostas, incluindo a exigência de que as plataformas registrem o CPF dos jogadores para monitorar seu histórico. Lula destacou a necessidade de abordar a questão do vício em jogos, mencionando que muitas pessoas estão se endividando devido a apostas. Medidas específicas estão sendo consideradas para proteger beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, que utilizam esses recursos para apostas.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá medir os gastos dos brasileiros com apostas online na Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2024/2025. Dados preliminares indicam que cerca de 25 milhões de pessoas começaram a apostar em plataformas digitais, com uma parcela significativa enfrentando dificuldades financeiras. O governo busca equilibrar a regulação do setor com a proteção da população, enfatizando a importância de garantir um ambiente seguro para os apostadores.
