A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, enfatizou a urgência de reformas em três áreas principais: mercado de trabalho, mobilização de capital e produtividade. Em discurso recente, ela destacou que, apesar da crescente demanda por crescimento e melhores oportunidades, a resposta para esses desafios reside na implementação efetiva de reformas. Georgieva alertou que o tempo é limitado, especialmente com as reuniões anuais do FMI se aproximando.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, Georgieva afirmou que as reformas devem beneficiar as pessoas, levando em conta a desigualdade demográfica e a necessidade de inclusão das mulheres na força de trabalho. Ela ressaltou a importância de aprimorar as habilidades da força de trabalho e garantir a correspondência entre as competências dos trabalhadores e as exigências do mercado. A mobilização de capital também foi abordada, com a necessidade de remover barreiras ao investimento estrangeiro e promover um ambiente que incentive a tomada de riscos prudentes.
Finalmente, a produtividade deve ser uma prioridade, sendo que várias estratégias podem ser adotadas para seu aumento, como melhorar a governança, reduzir a burocracia e aproveitar a inteligência artificial. Georgieva ainda ressaltou que, globalmente, o progresso nas reformas tem diminuído desde a crise financeira de 2008, com um aumento no descontentamento da população, muitas vezes impulsionado por percepções errôneas sobre os efeitos das reformas. Um estudo recente do FMI complementou essa análise, destacando as barreiras à aceitação das mudanças necessárias.