O texto reflete sobre uma conversa com um ganhador do Prêmio Jabuti, que, ao discutir a literatura contemporânea, trouxe à tona a questão da solidão. A autora destaca a complexidade da solidão na era digital, em que a tecnologia parece nos conectar, mas muitas vezes nos afasta da introspecção necessária para a leitura. A solidão, segundo o entrevistado, é uma experiência fundamental que um bom escritor e um bom leitor devem saber apreciar, especialmente em um mundo saturado de informações e estímulos virtuais.
Além disso, a autora aponta que a leitura vai além de simplesmente passar os olhos pelas palavras; ela é um exercício de solitude que nos permite explorar nossas emoções e pensamentos de forma profunda. O livro, ao contrário de um robô que fornece respostas instantâneas, exige que o leitor se comprometa com a narrativa, permitindo uma conexão mais rica e significativa. Essa interação com a literatura nos convida a um espaço de reflexão, onde podemos nos descobrir e nos transformar.
Por fim, a reflexão se estende à própria identidade do leitor, sugerindo que cada pessoa tem uma relação única com a leitura. O ato de ler se torna um momento de autoconhecimento e crescimento pessoal, em que a presença do livro nos ensina a valorizar a solidão como um estado de estar consigo mesmo. A autora encerra destacando que, apesar da evolução tecnológica, o livro continua a ser uma companhia que oferece um mistério e uma profundidade que os dispositivos digitais não conseguem replicar.