A cantora Anitta, em um novo documentário, compartilha sua experiência de abuso sexual aos 14 anos. Ela revela que, na época, se sentiu confusa e incapaz de contar a sua família sobre o ocorrido, vivenciando por anos uma carga emocional pesada. A artista destaca a sensação de culpa e impureza que muitas mulheres sentem em decorrência da sociedade que frequentemente coloca a responsabilidade sobre as vítimas.
Durante a conversa, Anitta critica as expectativas sociais impostas às mulheres, que são frequentemente culpadas pela violência que sofrem, questionando o que elas fizeram ou como se comportaram para merecer tal tratamento. Ela compara essa situação com a percepção diferente em relação aos homens, ressaltando que a traição feminina é julgada severamente, enquanto a masculina é muitas vezes justificada. Essa análise busca evidenciar a disparidade de tratamento entre os gêneros.
Anitta já havia falado sobre sua experiência em um documentário anterior, enfatizando como o medo e a opressão a afetaram. Com seu depoimento, a artista não só busca desmistificar tabus sobre o abuso, mas também iluminar a necessidade de uma mudança na forma como a sociedade lida com questões de gênero e violência. Seu relato contribui para um diálogo mais amplo sobre a responsabilidade coletiva e a necessidade de apoio às vítimas.