A Voepass anunciou a demissão de um de seus diretores jurídicos em meio a uma reestruturação significativa na alta administração da empresa. Essa mudança se intensificou após uma fiscalização rigorosa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que foi motivada por um acidente aéreo trágico que resultou na morte de 62 pessoas. A companhia enfrenta uma operação assistida pela Anac, que exige a transmissão em tempo real de dados operacionais e a realização de inspeções rigorosas nas atividades de manutenção, indicando que a empresa está lidando com sérias dificuldades em seus processos de manutenção.
Como resposta ao acidente, a Voepass suspendeu suas operações em várias localidades. A Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos identificou desafios significativos na malha aérea da empresa. Um relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou problemas como a formação de gelo nas asas da aeronave e falhas no sistema de degelo, fatores que podem ter contribuído para a tragédia. A companhia afirmou que todos os registros de manutenção estão atualizados, mas a qualidade dos serviços prestados ainda está sob investigação.
A apuração de acidentes aéreos é um processo complexo que exige tempo para ser finalizado, conforme enfatizou a Voepass. A companhia continua sob a supervisão da Anac, que busca garantir a segurança nas operações aéreas. Este contexto de reestruturação e supervisão rigorosa ressalta a necessidade de melhorias nos procedimentos internos e na manutenção das aeronaves para restaurar a confiança do público e assegurar a continuidade das operações de forma segura.