Claudio Chiqui Tapia foi reeleito como presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) em uma eleição de chapa única, garantindo sua liderança até 2029. A assembleia, marcada por aclamações, também aprovou uma mudança no estatuto que suspende o rebaixamento nesta temporada, permitindo que 30 clubes participem do campeonato na próxima. Essa decisão ocorre em um contexto de incerteza, uma vez que a Inspeção-Geral da Justiça (IGJ) da Argentina levantou questionamentos sobre a validade do processo eleitoral.
Além da suspensão do rebaixamento, a assembleia alterou o limite de mandatos consecutivos para os membros do Comitê Executivo, que agora poderá ser de cinco. Tapia, que assumiu pela primeira vez em 2017, já havia proposto anteriormente uma redução no número de clubes na primeira divisão, mas agora o foco parece ser a expansão do torneio, que atualmente conta com 28 equipes na elite do futebol argentino. As novas regras também refletem mudanças na abordagem sobre os critérios de descenso.
A intervenção do governo argentino ainda é uma possibilidade, conforme alertou o chefe da IGJ. Ele enfatizou que a questão é de natureza jurídica, relacionada a supostas violações dos estatutos da AFA. Embora a assembleia tenha a liberdade de discutir finanças e orçamentos, a reeleição de autoridades e as mudanças estatutárias podem estar sujeitas a revisões legais, destacando a fragilidade da situação institucional da AFA em meio a um cenário de complexidade e disputas jurídicas.