A proposta de redução dos supersalários no setor público surge como uma importante estratégia no pacote de contenção de gastos do governo, com o potencial de gerar uma economia de aproximadamente R$ 5 bilhões até 2030, segundo o Centro de Liderança Pública (CLP). Essa medida visa eliminar salários que ultrapassam o teto do funcionalismo, promovendo maior equidade na distribuição de recursos públicos e atendendo a uma demanda da população por maior justiça fiscal. O CLP ressalta que a eliminação dos supersalários é fundamental para a reorganização das contas públicas e um compromisso moral do governo com a sociedade.
Além da redução dos supersalários, o CLP sugere outras medidas, como a diminuição dos gastos tributários, propondo ações que incluem a redução do teto do Simples Nacional, limites nas deduções de saúde no imposto de renda e a desoneração gradual da folha de pagamentos. Essas iniciativas poderiam resultar em uma economia total de cerca de R$ 50 bilhões até 2030. O congelamento nominal do benefício básico do Bolsa Família também é mencionado como uma estratégia para aliviar a pressão sobre o orçamento, com a compensação proposta de um aumento real no benefício variável para crianças pequenas.
Por fim, o CLP enfatiza a necessidade de medidas adicionais para a sustentabilidade fiscal, como a desvinculação do salário mínimo e a integração da aposentadoria rural ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A combinação dessas propostas pode gerar uma economia significativa, estimada em R$ 45 bilhões até 2030. O centro também defende a venda de ativos estatais como forma de reduzir a dívida pública, argumentando que essa ação não só levantaria recursos imediatos, mas também diminuiria o custo da dívida, possibilitando mais investimentos para o desenvolvimento do país.