O presidente do Banco da Letônia e dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Martins Kazaks, manifestou apoio à redução das taxas de juros na próxima reunião da autoridade monetária, destacando a continuidade da volatilidade e fraqueza na economia da zona do euro. Kazaks sugere que a diminuição das taxas deve ocorrer de maneira gradual, refletindo as condições econômicas atuais, mas ressalta que uma mudança nessa trajetória só será considerada se a economia apresentar resultados inferiores às expectativas.
A inflação na zona do euro apresentou uma desaceleração significativa, caindo para 1,8% em setembro, o que reforça o argumento a favor de cortes nas taxas de juros. Este é o primeiro registro de inflação abaixo de 2% desde 2021, influenciado principalmente pela redução nos custos de energia. Apesar da diminuição da inflação geral, o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, também apresentou leve queda, evidenciando um crescimento mais lento nos preços de serviços.
Kazaks enfatizou a necessidade de cautela ao considerar a inflação interna, que ainda se mantém elevada, mesmo com os cortes nas taxas de juros. Ele não se comprometeu com possíveis movimentos para dezembro, já que novas informações e dados econômicos serão fundamentais para embasar a decisão futura do BCE. A análise das condições econômicas e da inflação será crucial para determinar a abordagem da política monetária nas próximas reuniões.