A Polícia Civil indiciou seis indivíduos em uma investigação que revelou a atuação de uma rede de oficinas em Campo Grande, acusada de aplicar preços abusivos em serviços automotivos. Entre os indiciados estão o proprietário e funcionários da rede, que focavam em mulheres e idosos como principais vítimas, considerados mais vulneráveis. O caso foi denunciado após uma cliente ter sua conta inicial de R$500 transformada em um total de R$6,6 mil, levando-a a registrar um Boletim de Ocorrência.
O inquérito, conduzido pelo delegado responsável, revelou que o proprietário orientava a equipe a cobrar tarifas elevadas, muitas vezes realizando serviços sem autorização dos donos dos veículos. A ação resultou em mais de 20 reclamações em plataformas online, onde clientes relatavam experiências semelhantes de cobrança indevida e problemas não informados previamente. Após a denúncia, o empresário foi preso por desacato às autoridades e, posteriormente, indiciado por difamação qualificada contra uma delegada.
Além das acusações de estelionato e organização criminosa, a investigação destacou a estratégia de marketing da oficina, que atraía clientes com preços baixos, apenas para aumentar os custos com serviços desnecessários. O caso gerou um impacto significativo na comunidade, levantando questões sobre a ética e a transparência nas relações de consumo dentro do setor automotivo. O espaço para novos posicionamentos das empresas envolvidas permanece aberto, enquanto as investigações continuam.
