O Rio Negro alcançou um novo recorde histórico de baixa, marcando 12,11 metros nesta quinta-feira (10) de outubro, de acordo com a Defesa Civil do Amazonas. Essa é a terceira vez em menos de uma semana que o rio registra níveis mínimos, superando a marca anterior de 12,66 metros estabelecida na última sexta-feira (4). O fenômeno também afeta o Rio Solimões, que registrou 2,09 metros, um centímetro abaixo do recorde anterior, enquanto o Alto Solimões atingiu 7,17 metros na quarta-feira (9), superando sua mínima anterior.
A situação crítica se estende ao Rio Amazonas, onde a cota média caiu para 13 centímetros na segunda-feira (7), e a parte baixa do rio atingiu -2,53 metros, também um novo recorde negativo. Outras bacias, como o Rio Madeira, estão a poucos centímetros de suas mínimas históricas, com 8,07 metros, e o Rio Juruá, que marcou 4,83 metros, sendo o seu nível mais baixo deste mês.
A seca severa que afeta o Brasil entre 2023 e 2024 é considerada a mais intensa da história recente, com todas as 62 cidades do estado do Amazonas em estado de emergência. Comunidades ribeirinhas enfrentam desafios significativos devido ao baixo nível das águas, refletindo um aumento na frequência e intensidade das secas desde a década de 1990, conforme apontado pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais.