A ministra do Planejamento, Simone Tebet, enfatizou a necessidade de reavaliar os gastos estruturais do governo, destacando que essa revisão é essencial para alcançar as metas de resultado primário previstas para 2024 e 2025, que buscam um déficit zero, e para 2026, que prevê um superávit de 0,25% do PIB. Tebet sublinhou a importância de manter a qualidade dos gastos públicos, embora a questão da valorização do salário mínimo não esteja entre os pontos a serem discutidos neste momento.
Após as eleições municipais, o governo apresentará ao presidente Lula a proposta de revisão de gastos, com a intenção de discutir um número significativo de medidas no Congresso ainda este ano. A equipe econômica já fez uma análise das sugestões, excluindo aquelas que causaram controvérsias e ajustando as que necessitam de modificações. A ministra mencionou que o pacote de revisão será mais enxuto do que alternativas anteriores, devido ao tempo limitado até o final do ano.
Tebet indicou que a revisão pode liberar até R$ 20 bilhões no orçamento, mas não revelou quais medidas específicas serão enviadas ao Congresso. Além disso, as propostas relacionadas à revisão de gastos tributários não farão parte da agenda atual e serão discutidas apenas no próximo ano, buscando garantir um planejamento mais eficaz e adequado às necessidades fiscais do país.