O real brasileiro teve um desempenho negativo na sexta-feira (11) e ao longo da semana, apresentando a pior performance entre as principais divisas de mercados emergentes e exportadores de commodities. O aumento proposto de gastos pelo governo, incluindo uma faixa de isenção ampliada para o Imposto de Renda Pessoa Física e a aquisição de aeronaves, gerou apreensão em relação ao cenário fiscal do país. O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, cotado a R$ 5,6151, acumulando uma elevação de 2,92% durante a semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, permaneceu estável em 102,890 pontos, com uma alta semanal de 0,36%. A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, destacou que a desvalorização do real em comparação a outras moedas emergentes está ligada a ruídos fiscais, o que contribuiu para a pressão sobre a moeda nacional. Durante a abertura da sexta-feira, o dólar chegou a recuar frente ao real, acompanhando um movimento semelhante no mercado externo, mas essa tendência não se manteve.
As declarações do presidente sobre isenções fiscais aumentaram a tensão no mercado cambial, levando a uma retomada da alta do dólar. Apesar de uma abertura menos favorável e de dados econômicos que sugeriram uma desaceleração na atividade, as incertezas fiscais dominaram as negociações, refletindo um clima de insegurança econômica que impacta diretamente a confiança do mercado em relação ao real.