Brasil e Colômbia anunciaram o lançamento do programa Quilombo das Américas durante a 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que acontece em Cali, Colômbia. Esta iniciativa bilateral visa oferecer apoio à proteção de terras, à conservação da biodiversidade e à promoção de sistemas agrícolas tradicionais nas comunidades quilombolas. Paula Balduíno, diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, destacou a importância do reconhecimento dos povos afrodescendentes no contexto da convenção sobre diversidade biológica.
O programa tem como objetivo fortalecer a identidade, a memória e a luta das comunidades quilombolas. Embora a iniciativa tenha sido interrompida em 2013, foi relançada durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas de 2023, em Dubai. Durante esse relançamento, outros países, como Equador e Panamá, manifestaram interesse, mas a Colômbia se destacou como um parceiro mais comprometido, levando à criação de um espaço colaborativo que busca promover justiça social e racial, bem como preservar as culturas quilombolas.
O Quilombo das Américas está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente no que diz respeito à paz, justiça e parcerias eficazes. A iniciativa representa um passo significativo na articulação e cooperação entre as comunidades quilombolas, contribuindo para a preservação de seus direitos e a valorização de suas culturas em um contexto global.