As queimadas na Amazônia, que têm devastado extensas áreas do território brasileiro nos últimos meses, são um tema relevante que pode ser abordado no Vestibular da Unicamp em 2025. Segundo especialistas, é crucial que os estudantes compreendam as conexões entre o desenvolvimento predatório ao longo dos anos e as intervenções humanas no meio ambiente. Os candidatos devem estar preparados para discutir a importância da Amazônia como um grande banco de carbono e sua função no ciclo da umidade atmosférica, que afeta não apenas a região amazônica, mas também o Estado de São Paulo.
Além disso, a prova pode explorar a relação entre a perda de vegetação e as consequências para a fertilidade do solo, assim como o impacto no ciclo de umidade global. A história de como o Brasil tem tratado a Amazônia, muitas vezes vista como um obstáculo ao progresso econômico, é fundamental para a compreensão desse contexto. O professor Daniel Simões enfatiza que os alunos devem entender a narrativa de colonização e exploração da floresta, que historicamente esteve ligada a uma perspectiva de desenvolvimento econômico.
Outro ponto que pode ser abordado na prova diz respeito aos incêndios criminosos e a dinâmica do agronegócio na ocupação da Amazônia. Os estudantes devem estar cientes dos processos que envolvem a atividade madeireira, seguida pela utilização de áreas queimadas para pastagens e lavouras. Além disso, o conhecimento sobre comunidades originárias, que praticam o uso sustentável dos recursos naturais, como a extração de látex, é vital para uma compreensão abrangente do tema.