O petróleo registrou uma queda significativa na sexta-feira, 18, com uma perda semanal acumulada de cerca de 8%. As incertezas em torno da demanda global e as tensões no Oriente Médio foram fatores determinantes para essa queda. Na New York Mercantile Exchange, o petróleo WTI para dezembro encerrou a sessão a US$ 68,69 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês fechou a US$ 73,06. Apesar de algumas recuperações momentâneas após declarações do presidente dos EUA sobre a situação no Oriente Médio, a pressão sobre os preços permanece elevada.
Analistas da Capital Economics observaram uma queda no prêmio de risco dos preços do petróleo, após a promessa de evitar ataques contra instalações petrolíferas na região. Além disso, relatórios recentes da Opep e da Agência Internacional de Energia (AIE) cortaram as projeções para o crescimento da demanda global em 2024, reforçando a ideia de que a oferta pode superar a demanda em um cenário de incertezas. A Oxford Economics, por sua vez, considera que as estimativas da Opep são excessivamente otimistas, prevendo que o petróleo deve se manter em torno de US$ 70 o barril ao final de 2024, a menos que ocorra um agravamento nas tensões geopolíticas.
No setor corporativo, a BP anunciou a possibilidade de venda de uma participação minoritária em seu negócio de energia eólica offshore, visando reduzir gastos e reavaliar sua estratégia de expansão em energias renováveis. Essa movimentação é um reflexo das condições desafiadoras do mercado de petróleo e a necessidade das empresas de se adaptarem a um ambiente de incertezas econômicas e políticas.