O mercado de petróleo experimentou uma forte queda nesta terça-feira (15), com o West Texas Intermediate caindo até 5%, aproximando-se da marca de US$ 70 o barril, enquanto os futuros do Brent caíram abaixo de US$ 74. Essa queda se deve às informações do Washington Post de que Israel não planeja atacar as instalações de petróleo ou nucleares do Irã, aliviando as preocupações sobre uma possível interrupção significativa no fornecimento. A Agência Internacional de Energia (AIE) também projetou um excesso no mercado de petróleo no início de 2025, destacando a capacidade ociosa na OPEP+ em níveis próximos aos recordes.
As tensões no Oriente Médio, uma região crucial para cerca de um terço do fornecimento global de petróleo, têm gerado volatilidade nos preços. Após um ataque de mísseis do Irã em 1º de outubro, Israel prometeu retaliações, o que gerou receios entre os investidores. No entanto, a recente declaração israelense de que evitará atingir a infraestrutura de petróleo do Irã foi interpretada como um alívio para o mercado, resultando na queda dos preços nesta manhã.
Adicionalmente, os preços do petróleo foram afetados pela falta de novos incentivos econômicos na China, o maior importador de petróleo do mundo. Na segunda-feira, o Brent já havia registrado uma queda de 2% após o Ministério das Finanças chinês não anunciar medidas específicas para impulsionar o consumo. A OPEP também revisou suas previsões de crescimento da demanda para o terceiro mês consecutivo, contribuindo para um cenário de baixa no mercado petrolífero.