O preço do ouro fechou em queda de 1,10% nesta quarta-feira (23), encerrando uma sequência de seis sessões de alta. O metal precioso, que chegou a atingir um recorde de US$ 2.772,60 por onça-troy durante o dia, acabou sendo impactado pelo forte avanço do dólar e pelo aumento dos juros dos Treasuries. Analistas da SP Angel sugerem que a queda reflete uma realização de lucros, motivada pela elevação das taxas de juros dos títulos norte-americanos e pela incerteza no cenário global, especialmente em relação às eleições nos Estados Unidos.
Além disso, os rendimentos dos títulos norte-americanos e a valorização do dólar são influenciados por fatores como conflitos no Oriente Médio e as perspectivas em torno da política monetária do Federal Reserve. Apesar da pressão negativa, a consultoria S&P Angel observa que a cúpula do Brics e as negociações de desdolarização podem potencialmente impulsionar o preço do ouro ainda esta semana. As participações em fundos negociados em bolsa continuam a crescer, mantendo-se em torno de 84 milhões de onças.
A prata também acompanhou a tendência de queda, afastando-se de seu maior nível em 12 anos e fechando em baixa de 3,43%. A TD Securities destacou que, apesar da resistência dos investidores em vender o metal dourado, não há evidências suficientes que sustentem a recente demanda e o rali dos metais preciosos, incluindo a prata. A situação permanece volátil, com os mercados atentos aos desdobramentos políticos e econômicos nas próximas semanas.