Entre 2007 e 2017, Belo Horizonte experimentou um crescimento significativo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os primeiros anos do ensino fundamental, passando de 4,4 para 6,3, destacando-se como a melhor capital do Sudeste nesse período. No entanto, a partir de 2019, o Ideb começou a apresentar uma queda, atingindo 6,0 em 2019 e 5,8 em 2021, mantendo-se estável em 2023. Essa tendência resultou na perda de posições no ranking nacional, fazendo com que a cidade caísse para a 10ª colocação e perdesse a liderança entre as capitais do Sudeste, superada por Rio de Janeiro e Vitória.
A análise do desempenho do Ideb em Belo Horizonte deve considerar os impactos da pandemia de covid-19, que afetou gravemente a educação, resultando em suspensão de aulas e dificuldades no acesso a tecnologias de ensino remoto. O cenário pós-pandemia requer uma análise mais detalhada das disparidades regionais dentro da cidade, uma vez que as escolas em áreas periféricas podem enfrentar desafios adicionais. Especialistas apontam que as propostas de candidatos às eleições municipais carecem de maior profundidade, limitando-se à ampliação de creches e não abordando questões mais complexas, como a formação continuada de professores e as metas do Plano Municipal de Educação.
Os desafios para a melhoria da qualidade do ensino fundamental em Belo Horizonte incluem a necessidade de investimentos em infraestrutura e formação de professores, além de garantir condições adequadas de trabalho para os educadores. Entidades de classe demandam o cumprimento do piso salarial nacional e a criação de políticas específicas para atender alunos com deficiência. O sucesso das iniciativas educativas depende da atenção a esses fatores, que são essenciais para reverter a tendência de queda no Ideb e assegurar um futuro educacional mais promissor para as crianças da cidade.