O recuo de 0,4% no volume de serviços prestados no Brasil em agosto, em comparação a julho, foi o mais acentuado para esse período desde 2017. No entanto, Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, afirma que essa queda não representa uma reversão na trajetória de crescimento do setor. Lobo destaca que o resultado reflete movimentos pontuais em algumas atividades e ocorreu após um patamar recorde, com o setor de serviços operando apenas 0,4% abaixo do máximo registrado no mês anterior.
De acordo com a análise, os segmentos que sustentam o elevado patamar de serviços incluem tecnologia da informação, intermediação de negócios e plataformas de entrega e vendas online, todos com desempenho positivo ao longo de 2024. No entanto, duas das cinco atividades avaliadas mostraram perdas em agosto: informação e comunicação (-1,0%) e transportes (-0,4%). As quedas foram parciais, especialmente após meses de crescimento significativo.
O resultado do mês foi equilibrado, com duas taxas positivas, duas negativas e uma estabilidade. Outros serviços avançaram 1,4% e serviços prestados às famílias tiveram um ganho de 0,8%, refletindo um aumento acumulado de 4,7% entre maio e agosto. O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares manteve-se estável. Segundo Lobo, é prematuro afirmar que a redução de 0,4% pode desencadear uma sequência de taxas negativas, enfatizando que a queda é circunstancial.