A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um contador ligado a uma quadrilha acusada de fraudes em planos de saúde, resultando em prejuízos significativos para uma seguradora. A operação, chamada Carência Zero, revelou que o grupo criava empresas fictícias para contratar planos de saúde empresariais e os vendia ilegalmente a pessoas físicas, burlando os mecanismos de controle das seguradoras. As investigações apontaram que cerca de 800 vínculos falsos foram criados, levando a um prejuízo estimado em R$ 11 milhões.
Além do contador, a líder da organização criminosa foi detida anteriormente, e sua prisão foi convertida em preventiva pela Justiça. Os integrantes da quadrilha utilizavam endereços inexistentes para registrar as empresas de fachada, facilitando a venda irregular dos planos. As autoridades estão ouvindo as pessoas que adquiriram esses planos, muitas das quais foram atraídas pela ausência de carência em procedimentos médicos, como cirurgias bariátricas e remoção de tumores.
As investigações continuam, e a polícia está analisando a possível participação de um médico no esquema, que teria indicado o plano para diversos pacientes. Os criminosos também cobravam uma taxa de isenção de carência entre R$ 3 mil e R$ 4 mil por cliente, atraindo aqueles que buscavam agilidade nos procedimentos. O caso destaca a complexidade das fraudes no setor de saúde e a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger os consumidores e as seguradoras.