O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concluiu a 16ª Cúpula do Brics, que ocorreu em Kazan, reunindo delegações de 35 países, incluindo chefes de Estado e representantes de organismos internacionais. A cúpula serviu como uma plataforma para Putin tentar melhorar sua imagem internacional após a invasão da Ucrânia em 2022, destacando-se em reuniões bilaterais e discutindo a expansão do grupo para incluir novos associados. Os países membros reafirmaram a necessidade de reformar a governança global e prometeram coordenação no G-20, onde o Brasil presidirá em breve.
Durante o evento, Putin comentou sobre a proposta de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, elogiando-a enquanto a Ucrânia a criticou. Ele também enfatizou a importância da inclusão de novos países no Brics, dependendo de um consenso entre os membros, destacando que a adesão da Venezuela requer o apoio do Brasil. Além disso, a cúpula abordou a criação de um sistema de pagamentos internacionais que reduziria a dependência do dólar, evidenciando a intenção de promover a moeda comum do Brics, chamada R5, que incorpora elementos das moedas dos países membros.
O evento também trouxe à tona a proposta de renovação da presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff permanecendo no cargo, o que foi visto como uma estratégia para fortalecer as instituições financeiras do grupo. A cúpula, assim, não apenas consolidou a presença russa no Brics, mas também refletiu uma tentativa de reconfigurar as dinâmicas de poder em um contexto de crescente rivalidade com o Ocidente.