O presidente russo anunciou sua ausência na cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil, uma decisão que reflete sua preocupação com a imagem perante a comunidade internacional e o povo russo. De acordo com analistas, um dos principais motivos para essa escolha é o receio de ser visto como isolado em um evento de grande relevância global. Desde 2019, Putin não comparece a encontros do G20, tendo perdido oportunidades de se reunir com outros líderes mundiais devido à pandemia e à crise na Ucrânia.
A questão do Tribunal Penal Internacional (TPI) também foi mencionada, com Putin afirmando não reconhecer sua autoridade, especialmente após a emissão de uma ordem de prisão contra ele. Essa declaração é vista como uma tentativa de desviar a atenção de suas ações, destacando que outros países, como os Estados Unidos, também não reconhecem o TPI. Essa abordagem, conhecida como “whataboutism”, busca minimizar críticas ao seu governo.
A decisão de não participar do G20 evidencia os desafios diplomáticos que a Rússia enfrenta desde a invasão da Ucrânia, e como essa situação afeta a percepção do presidente em casa e no exterior. A cobertura da mídia russa, embora controlada, teria dificuldades em esconder a imagem de Putin isolado em um evento dessa magnitude, ressaltando a complexidade das relações da Rússia com o restante do mundo.