A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e membros da executiva nacional estão discutindo a necessidade de uma reforma ministerial, especialmente após os resultados insatisfatórios nas eleições municipais. Os parlamentares acreditam que essa reforma deve centralizar o discurso e as ações do governo, além de fortalecer a identificação dos programas da administração atual com o partido. A falta de uma coordenação clara entre os ministérios e a ausência de uma agenda comum têm gerado críticas internas sobre o desempenho do governo.
Os petistas destacam que, apesar da existência de projetos e realizações, muitos deles ainda não são amplamente reconhecidos pela população. Programas como o Pé-de-Meia, por exemplo, não conseguiram se tornar sinônimo da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. A insatisfação se estende a ministérios, principalmente aqueles que foram entregues ao centrão e que, mesmo com políticas relevantes, falham em comunicar seus feitos de maneira eficaz.
Embora haja pressão por mudanças, o presidente Lula tem demonstrado resistência a uma ampla reforma ministerial, enfatizando que não tem pressa em realizar trocas no ministério. Recentemente, durante uma reunião da comissão da executiva nacional do PT, os dirigentes elevaram o tom das críticas aos ministros e reafirmaram a importância de garantir que as ações do governo sejam mais reconhecidas pela sociedade. Essa discussão se insere em um contexto mais amplo de repactuação entre o PT e seus aliados.