O transtorno da psicopatia é caracterizado por alterações específicas no cérebro, especialmente em áreas como a amígdala e o córtex orbitofrontal. Pesquisas mostram que a amígdala, que processa informações sobre ameaças, tende a ser menos ativa e menor em indivíduos com traços psicopáticos, o que afeta sua percepção de perigos e emoções alheias. Essa disfunção pode levar a uma interação diferente com o mundo, dificultando o reconhecimento e a resposta a sentimentos como medo e empatia.
O caso histórico de Phineas Gage, que sobreviveu a um acidente que danificou seu cérebro, ilustra como lesões cerebrais podem alterar radicalmente a personalidade e o comportamento. Após o incidente, Gage tornou-se impulsivo e socialmente inapropriado, refletindo como lesões em áreas específicas do cérebro podem influenciar características psicológicas. Estudos indicam que a impulsividade, a falta de empatia e um charme superficial são comuns entre indivíduos diagnosticados com psicopatia, sugerindo um vínculo entre estrutura cerebral e comportamento.
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da psicopatia incluem tanto a genética quanto o ambiente. Embora existam predisposições hereditárias, o modo como uma criança é criada e educada pode reforçar comportamentos associados ao transtorno. Interações inadequadas dos cuidadores, como punições rígidas ou negligência, podem agravar os traços psicopáticos, criando um ciclo que perpetua esses comportamentos ao longo da vida. Assim, a psicopatia não é uma condição inata, mas o resultado de uma complexa interação entre fatores biológicos e sociais.