O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou uma denúncia contra o proprietário de uma área rural vizinha ao Parque Estadual Igarapés do Juruena, acusando-o da prática de nove crimes ambientais. Além das acusações, a denúncia requer um pagamento de R$ 2,5 milhões para reparação dos danos causados. As infrações foram identificadas durante uma operação de combate ao desmatamento ilegal e exploração de produtos florestais, realizada em conjunto por várias autoridades ambientais e a Polícia Civil.
As irregularidades apontadas incluem o depósito inadequado de madeira, desmatamento sem autorização, corte de árvores da espécie castanheira, destruição de vegetação nativa e a realização de atividades agropecuárias sem as devidas licenças. As investigações revelaram que a propriedade facilita o acesso à Unidade de Conservação, o que potencializa as práticas ilegais de extração de recursos naturais na região.
O Parque Estadual Igarapés do Juruena, com 227 mil hectares, é uma Unidade de Proteção Integral do Bioma Amazônia, criado em 2002. Atualmente, a área é protegida para preservar a biodiversidade, e não para ocupação humana, sendo uma prioridade nas ações de regularização fundiária do estado. A atuação das autoridades visa garantir a proteção ambiental e a recuperação das áreas degradadas no entorno do parque.