A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apresentou duas propostas ao Congresso com o objetivo de reformar as leis eleitorais e implementar uma ampla reforma do Judiciário. Essa iniciativa ocorre após a aprovação, em setembro, de uma reforma constitucional que determina que todos os juízes devem ser eleitos por voto popular nos próximos três anos. O partido governista e seus aliados defendem essa mudança como uma medida necessária para combater a corrupção no sistema judicial atual.
Durante uma coletiva de imprensa, Sheinbaum afirmou que as reformas visam assegurar a transparência e a eficácia no processo de eleição de juízes, desembargadores e magistrados. Entre as mudanças previstas, está a eleição para substituir os juízes da Suprema Corte, reduzindo seu número de 11 para nove, além da escolha dos integrantes de um tribunal eleitoral e da metade dos juízes e magistrados distritais. A data marcada para essas eleições é 1º de junho.
A Suprema Corte do México, por sua vez, está avaliando uma contestação constitucional relacionada à reforma judicial aprovada, que pode impactar a independência dos tribunais. A decisão da corte sobre esse tema é aguardada com atenção, já que pode influenciar diretamente a implementação das novas propostas e a estrutura do Judiciário no país.