O governo britânico está considerando a utilização de medicamentos injetáveis para perda de peso como uma estratégia para melhorar a saúde pública e reduzir o desemprego. O secretário de Saúde, Wes Streeting, e o primeiro-ministro, Keir Starmer, ressaltaram que doenças relacionadas à obesidade representam um custo significativo ao sistema de saúde do Reino Unido, estimado em 11 bilhões de libras por ano. A proposta inclui a realização de testes para verificar se o uso do medicamento Mounjaro pode ajudar na reintegração de pessoas desempregadas ao mercado de trabalho.
Recentemente, um investimento de £279 milhões foi anunciado durante um encontro internacional, com a farmacêutica Lilly, que desenvolverá um estudo de cinco anos em Grande Manchester. A pesquisa avaliará não apenas a eficácia do medicamento na redução do desemprego, mas também seu impacto na utilização dos serviços do NHS. A expectativa é que, nos próximos três anos, cerca de 250 mil pessoas recebam a injeção, com a distribuição sendo realizada de forma escalonada devido à alta demanda prevista.
Embora o tratamento com injeções tenha o potencial de revolucionar o manejo da obesidade e reduzir doenças como diabetes e problemas cardiovasculares, especialistas alertam que isso não substitui a necessidade de hábitos saudáveis. O secretário de Saúde enfatizou que as pessoas devem assumir a responsabilidade por seus estilos de vida, uma vez que o NHS não pode cobrir continuamente os custos de condições de saúde evitáveis. O debate sobre esses medicamentos reflete uma tentativa do governo de abordar não apenas a saúde pública, mas também o impacto econômico relacionado à obesidade.