As ações da Hypera apresentaram um dia de volatilidade na segunda-feira (21), refletindo a reação do mercado a duas notícias significativas. Inicialmente, os papéis da empresa caíram 15% após a Hypera retirar seu guidance de resultados e anunciar um processo de otimização do capital de giro. Essa movimentação negativa levou alguns analistas, como os do Itaú BBA, a reavaliarem suas recomendações para a empresa, alterando-as para um posicionamento neutro.
Entretanto, o cenário mudou com a proposta da farmacêutica EMS para uma potencial combinação de negócios com a Hypera. Essa fusão poderia resultar na criação de um novo gigante do setor, com uma participação de mercado de 17%. Analistas do Citi consideraram a proposta positiva, destacando benefícios como um portfólio mais robusto e a possibilidade de redução de despesas em até 20%. Apesar das vantagens, o Citi também alertou para a complexidade de um negócio dessa magnitude, atribuindo um preço-alvo de R$ 31 para as ações da Hypera.
No fechamento do mercado, a Hypera confirmou que recebeu a proposta e que seu conselho de administração começará a avaliar o potencial acordo, com a possível contratação de assessores externos. João Daronco, da Suno Research, comentou que a movimentação reflete o atual estado do setor de saúde, que tem mostrado uma recuperação ainda tímida. Ele observou que fusões entre grandes players do mercado são cada vez mais comuns, considerando o contexto atual da indústria.