O presidente afirmou que trabalhadores pagam proporcionalmente mais impostos do que pessoas de alta renda e que é necessário criar um imposto mínimo sobre grandes fortunas para compensar a perda de arrecadação decorrente da proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Essa medida, uma promessa de campanha, visa aumentar o limite de isenção, que atualmente é de R$ 2.824, um valor que subiu progressivamente nos últimos anos. Lula ressaltou que essa mudança é uma questão de justiça fiscal, argumentando que é inadequado que trabalhadores de renda média enfrentem alíquotas altas enquanto herdeiros de grandes fortunas não pagam impostos.
Em relação a outros projetos do governo, Lula discutiu a proposta de acabar com o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de alterar as regras do empréstimo consignado. A ideia é utilizar a multa rescisória como garantia para os empréstimos, permitindo que os trabalhadores não comprometam suas reservas do FGTS em situações de emergência. Lula destacou a importância de tratar esses assuntos de forma consensual e sem pressa, para evitar decisões que possam impactar negativamente a vida dos trabalhadores.
O presidente também mencionou que a alteração das regras do saque-aniversário é necessária para preservar a poupança do FGTS, que é um direito de todos os trabalhadores com contrato formal. Ele enfatizou a necessidade de discutir essas mudanças de forma cuidadosa, visando atender aos interesses da classe trabalhadora e assegurar que as reformas sejam benéficas a longo prazo.