A mediana das projeções do mercado financeiro para o déficit em conta corrente do Brasil, conforme o relatório Focus do Banco Central, subiu de US$ 39,90 bilhões para US$ 42,00 bilhões em 2024, enquanto a estimativa de um mês atrás era de US$ 36,45 bilhões. Para 2025, a projeção oscilou levemente de US$ 44,00 bilhões para US$ 44,50 bilhões, superando os US$ 43,25 bilhões registrados há quatro semanas. Esses dados sugerem uma tendência de aumento no déficit das transações correntes.
Além disso, o financiamento desse déficit continua fortemente apoiado pela entrada de Investimento Direto no País (IDP), cuja mediana para 2024 permaneceu em US$ 70,50 bilhões, apenas uma leve queda em relação aos US$ 71,00 bilhões do mês anterior. A previsão para 2025 se estabilizou em US$ 73,00 bilhões, comparado aos US$ 73,50 bilhões reportados quatro semanas atrás. Isso indica uma expectativa estável para o fluxo de investimentos diretos, que continua sendo um pilar fundamental para a economia.
Por outro lado, a estimativa intermediária para o superávit comercial deste ano foi revisada para baixo, passando de US$ 81,0 bilhões para US$ 80,05 bilhões, uma diminuição em relação aos US$ 83,53 bilhões de um mês atrás. Para 2025, o superávit comercial se manteve em US$ 76,19 bilhões, em comparação aos US$ 79,00 bilhões previstos anteriormente. Esses números refletem um cenário desafiador para a balança comercial brasileira nos próximos anos.