O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central criticou a proposta de proibir o uso do Pix para pagamentos em apostas, argumentando que tal medida seria prejudicial à agenda digital, que visa proporcionar aos brasileiros um meio de pagamento acessível e eficiente. Durante um evento em Washington, Gomes destacou que a tentativa de restringir o uso do Pix geraria complicações operacionais e seria contraproducente, interferindo no avanço da modernização financeira no país.
Ele também comentou sobre a preocupação expressa pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços em relação ao uso crescente de linhas de crédito para apostas, além do aumento nas transações via Pix. Gomes enfatizou que a regulamentação do BC não abrange os jogos de azar, mas sim as repercussões financeiras, como o impacto no número de apostadores e a estabilidade econômica decorrente das formas de pagamento utilizadas.
Adicionalmente, o diretor mencionou discussões sobre a integração de sistemas de pagamentos rápidos com outros países da América Latina. Ele ressaltou que alguns países estão desenvolvendo projetos semelhantes ao Pix, visando uma colaboração futura que pode facilitar pagamentos transfronteiriços. A iniciativa reforça a importância do Brasil no cenário regional de inovações financeiras e sua posição na modernização do sistema de pagamentos.