A escassez de chuvas no Espírito Santo tem causado sérios problemas para os produtores de leite, que enfrentam pastagens secas e queimadas. A situação crítica afeta a alimentação do gado, resultando na perda de peso dos animais e na redução da produção leiteira. Isso tem impacto direto no bolso dos consumidores, que enfrentam aumentos significativos nos preços do leite, com reportagens indicando que o litro chegou a subir até R$ 1,20.
Além da falta de chuvas, os produtores relatam que a redução da luz solar durante o inverno compromete a produção das forrageiras, essenciais para a alimentação dos bovinos. Muitos agricultores têm recorrido a alternativas como cana-de-açúcar e ração concentrada para sustentar os animais, mas esses insumos também estão caros. Mesmo com ajustes nos preços do leite, a alta nos custos de produção dificulta a viabilidade financeira das propriedades.
A situação se agrava ainda mais em regiões como Itapemirim, onde produtores enfrentam extremos climáticos, alternando entre enchentes e a falta de água. Enquanto as queimadas são proibidas nessa época do ano, a preservação ambiental e o manejo sustentável se tornaram essenciais para os agricultores. A expectativa de chuvas nos próximos dias traz uma esperança de alívio, mas os desafios enfrentados neste ano refletem uma crise que já se arrasta desde 2022.
