Um empresário, conhecido como o maior produtor de fogos de artifício do Nordeste, foi alvo de uma liminar que o impede de produzir, distribuir e vender produtos de forma ilegal. A decisão, acatada pela Justiça da Bahia, foi solicitada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que suspeita que o empresário estava operando um grupo econômico oculto para a produção e comercialização de fogos de artifício sem as devidas autorizações e normas de segurança, envolvendo empresas identificadas com irregularidades no transporte e armazenamento de materiais explosivos.
As investigações revelaram um esquema complexo que permitia a operação de produção em residências, longe do controle das autoridades competentes. Essa prática, que começou após a tragédia de 1998 em uma fábrica de fogos de artifício que resultou em 64 mortes, levou à informalidade das operações, tornando difícil responsabilizar os donos pelo que ocorre na cadeia produtiva. O MPT acredita que, com as provas coletadas, poderá finalmente garantir reparações efetivas à sociedade, em decorrência dos danos causados por essas atividades ilegais.
Além das ações judiciais atuais, o empresário já foi preso em flagrante em operações anteriores relacionadas à produção ilegal de fogos. A juíza responsável pela liminar impôs multas significativas por descumprimento da sentença e solicitou o pagamento de indenizações, refletindo a seriedade da situação. A investigação continua, com o objetivo de responsabilizar de forma justa todos os envolvidos nesse esquema ilegal.